Hoje um preço. Amanhã outro. E no mesmo produto. Se já é confuso para os adultos, imagine para os pequenos consumidores aí de casa. Como explicar que o sumo que ontem custava um euro custa hoje 1.10€?
Estas e outras perguntas devem pairar nas cabeças dos mais pequenos sempre que ouvem que um preço sobe ou desce. Por isso, vale a pena explicar a razão disso acontecer e como tem impacto diretamente no orçamento da família. Mas vamos começar pelo princípio.
Afinal, como se chega ao preço das coisas?
Para o atribuir, é preciso ter em conta quanto custou fazer aquele produto, se há muitas ou poucas pessoas a querer comprá-lo e se há ou não outros parecidos à venda. Ou seja, se algo for barato de produzir, se poucas pessoas o quiserem ter e se houver muitos produtos parecidos, o seu preço vai ser baixo. E o contrário também é verdade. A primeira dificuldade surge quando, por exemplo, uma coisa que era barata de se produzir, começa a ver a sua produção ser mais cara (por exemplo porque há menos matérias-primas). Ou então porque mais pessoas a querem comprar. Todas estas pequenas alterações influenciam o preço final das coisas que compramos.
O que é a inflação?
Quando se verifica um aumento geral dos bens e serviços e não apenas de artigos específicos, como o pão ou o leite, dizemos que há inflação. Por outras palavras, as pessoas precisam de gastar mais dinheiro para comprar os mesmos produtos. Por isso, muitas vezes se diz que o valor do dinheiro diminui. As notas e as moedas são as mesmas, mas precisamos de mais para adquirir as coisas de sempre - de sumos de fruta a gasolina!
Alta ou baixa: como se mede a inflação?
Para saber a real dimensão da inflação é preciso analisar o valor dos produtos e serviços ao longo do tempo. O nome técnico desta comparação é “índices de preços”. Estes mostram a evolução, ao longo do tempo, do custo dos bens que as pessoas precisam. Por outras palavras, compara um conjunto de produtos em diferentes momentos. Por exemplo, o preço do leite hoje e no mês passado neste exato dia. Será que subiu ou desceu? Se subiu e todos os outros também, temos inflação. Se todos subiram muito, temos inflação alta. E precisamos de ainda mais dinheiro para comprar as coisas de que necessitamos.
Os preços podem subir até ao infinito?
Em países como Portugal, que têm o euro como moeda, o Banco Central Europeu – que trata destes assuntos – tenta assegurar que a inflação (a taxa a que os preços variam ao longo do tempo) permanece baixa, estável e previsível: 2% a médio prazo. Desta forma, toda a gente sabe, mais ou menos, quanto as coisas custam, para conseguirem fazer o seu orçamento familiar. Portanto, não, os preços não sobem até explodirem. Mas podem ficar altos durante algum tempo, por isso, as contas das famílias devem ter em consideração estas oscilações. Até porque nem todas as montanhas-russas são divertidas!
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