Dívidas. A palavra temida

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Dívidas. A palavra temida

Mais novos ou mais velhos, a verdade é que já todos ouviram falar de dívidas. E mesmo que não consigam explicar muito bem o que se trata, sabem que não é algo positivo. Para ajudar os pequeninos a entender do que estamos a falar convém esclarecer o que são, mas sobretudo por que as devemos evitar.

Para as crianças – para quem o dinheiro serve sobretudo para gastar, e as notas e moedas são muitas vezes organizadas por cores e tamanhos – é importante que percebam que as dívidas surgem: 1) quando se compram coisas quando não se tem dinheiro suficiente (e temos que pedir emprestado); 2) usar demasiado o cartão de crédito (dinheiro que o banco nos avança); 3) não ter poupanças que cheguem para enfrentar uma despesa inesperada (daí a importância de termos sempre um orçamento e dinheiro destinado para os gastos do dia a dia mas também para uma eventualidade).

Em todos estes casos estamos em dívida até pagarmos o que devemos – seja ao banco, seja, por exemplo, quando ultrapassamos o prazo para pagar a renda da casa ou a conta da luz.

Quando isso acontece, há uma penalização. Muitas vezes em forma de multa (ao pagarmos uma conta atrasada, temos de liquidar também um extra por nos termos demorado), outras vezes em forma de corte de serviços (quando ultrapassamos o prazo para liquidar a conta do telefone e deixamos de poder fazer chamadas), e finalmente em forma de juros (como quando o banco nos faz um empréstimo). Isto por que há um custo em nos cederem esse dinheiro que precisamos. O que significa que, além de termos de devolver o valor que nos emprestaram, temos de restituir também os juros. Ou seja, ainda vamos gastar mais do que se usássemos apenas as nossas notas e moedas!

Não parece um bom negócio, certo? Mas se mesmo assim persistirem dúvidas, ofereça-se para ser credor dos seus filhos e aplique todos estes conhecimentos na prática! Eles querem comprar um brinquedo, mas não têm dinheiro suficiente no porquinho nem querem esperar até conseguirem juntar o valor total? Diga-lhes que pode emprestar o que falta, mas que passam a ter a obrigação de lhe pagar de volta com a semanada ou mesada. Podem optar por descontar diretamente (e receber menos até a dívida ser liquidada) ou podem pagar tudo de uma vez quando tiverem o valor total. Seja como for, vão ter de assumir os custos deste empréstimo familiar (podem definir o valor que vos fizer mais sentido). Ou seja, no final das contas mostre-lhes que vão acabar por gastar ainda mais dinheiro do que aquele que seria necessário, se tivessem à partida o valor total. Será que não vale mesmo a pena esperar? Apostamos que sim!

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