Se o dinheiro não cresce das árvores, de onde vêm então as moedas e notas que andam por aí? De uma fábrica! Aliás, de duas, uma para as moedas e outra para as notas. E nós contamos como tudo acontece.

Há uma empresa em Portugal que tem a importante tarefa de imprimir o dinheiro que utilizamos no dia a dia. Sim, estamos a falar de uma fábrica que tem uma impressora muito especial, localizada num sítio praticamente secreto, guardado a sete chaves por polícias 24 horas. É um trabalho tão importante que nem as pessoas que lá trabalham podem revelar o que fazem. São praticamente agentes secretos para poderem cumprir a importante tarefa de imprimir o dinheiro que utilizamos.

E para quem já está a pensar que é só imprimir sem limites, não é bem assim que as coisas funcionam. Todos os anos, o Banco Central Europeu estabelece quantas notas vão ser produzidas. Essa decisão tem em conta a quantidade que está em circulação, a sua procura e o ritmo a que precisam de ser substituídas. De acordo com o que é definido previamente, imprimem as notas que, tanto podem ser utilizadas em Portugal, como distribuídas por outros bancos europeus. É um processo tão organizado e seguro que até conseguimos saber se as que temos na carteira foram feitas cá ou não. Se o seu número de série começar por “M”, foi produzida no nosso país!

Já aquelas peças redondinhas de metal, que servem para comprar cromos ou gomas são feitas, não numa fábrica, mas em casa. Claro que não é numa casa qualquer, é na Casa da Moeda! Até porque o seu fabrico começa com o trabalho minucioso de um artista e não de uma maquineta qualquer.

As moedas de Euro produzidas cá foram desenhadas pelo escultor Vítor Santos, que se inspirou nos selos reais de D. Afonso Henriques. A partir do seu desenho, foi feito um molde em gesso, que depois foi digitalizado e transformado num ficheiro de gravação que faz as caras e as coroas. A partir daí, outras máquinas imprimem estes desenhos nos círculos metálicos que, a partir desse momento, passam a ser moedas! E podem ser feitas 850 por minuto!

Nem dá para acreditar que, até ao século XVII, eram feitas por artesãos que, com um martelo, batiam na moeda coberta por um molde para lhe cunhar os relevos. Uma a uma...

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