AGE 25 - Aprender detalhes

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A diferença entre a Necessidade e o Desejo
Poupança

As compras por impulso são um problema que atinge a sociedade. Mas há formas de corrigir o consumo em excesso, como por exemplo, identificar e ensinar alguns comportamentos mais conscientes.

Devemos identificar se o ato da compra é por necessidade, ou se resulta de uma vontade ou desejo momentâneo. Quando a compra é impulsiva, e não é associada a nenhum objetivo concreto, é possível que se tenha sentimentos de culpa.

É importante explicar às crianças as diferenças entre compras que são necessárias versus compras por impulso. Isto vai ajudá-las a ter maior consciência financeira e a dar mais valor ao dinheiro. Vão perceber a importância de planear, vão dar mais valor aos seus pertences e vão estar a ajudar o ambiente, já que, ao evitar comprar por impulso, estão a evitar lixo desnecessário.

Como começar a conversa?

Falar de dinheiro com crianças não é fácil. Por isso, nada melhor do que começar com uma metáfora fácil que pode ajudar a compreender a importância do dinheiro: a comida.

Há uma diferença entre necessidade e desejo

A primeira pode ser, neste caso, a fome. A comida é absolutamente vital para responder a esta necessidade. Com a comida, ficamos saciados e satisfeitos. O desejo é mais concreto. É o que queremos e vamos comer, e aí temos um leque de vários tipos de comida que podemos escolher à vontade. Neste raciocínio, responder a uma necessidade é ter uma refeição e um desejo é escolher se é comida italiana ou portuguesa. Na sua pior faceta, o desejo pode levar-nos a comer um chocolate, em vez de um prato completo, para matar a fome.

O importante é ter um equilíbrio entre o desejado e o necessário, mais do que o ponto de vista financeiro, de concretização e satisfação pessoal. Ou seja, há muitas perguntas que devemos fazer para perceber como agir de forma responsável. O que vamos comer, porquê, se é muito caro ou não. Devemos ter sempre em conta opções mais viáveis para nos comportarmos de forma mais consciente. Controlar os impulsos é bom para o mealheiro e para o ambiente.

É bom estabelecer limites

De vez em quando, todos podemos comprar algo por desejo e por impulso. O problema é quando existem compras por impulso em excesso, seja em quantidade ou em valor/custo. Várias compras impulsivas podem acabar por ter muito impacto na vida financeira da casa, chegando a criar situações de endividamento.

Antes de comprar, pondere

No caso dos seus filhos, perceba o pedido em questão. Se, por exemplo, o seu filho começar a dizer que quer um brinquedo, identifique o mesmo e ajude a perceber se é um brinquedo que está na moda ou se será temporário, ou se na realidade é algo que a criança deseja e com o qual sonha há muito tempo.

É importante perceber se existem várias opções do mesmo brinquedo. Tomemos como exemplo uma bola. Existem bolas de diferentes preços e de diferentes marcas. O truque está na ponderação e na comparação. Ajudar a explicar a compra também ajuda a que a criança ganhe mais consciência sobre o valor do dinheiro. Desta forma, podemos ensinar mais sobre poupança.

O dinheiro que conseguir poupar, está a guardar para o futuro

Pode guardá-lo num mealheiro, mas também num Banco, colocando-o numa conta poupança. Pode começar a pensar a longo prazo, por exemplo, para a universidade ou para a carta de condução.

Veja no nosso simulador de poupança periódica quanto é que - com apenas 25 euros por mês, por exemplo - poderia poupar até os seus filhos terem idade para entrar na universidade.

Também é bom para o ambiente

Comprar com consciência permite que não se compre coisas com utilização única ou esporádica. Assim, vamos evitar criar lixo desnecessariamente.

Ensinar a gerir um orçamento e o rendimento

Explicar a relação com o dinheiro aos seus filhos passa por ensinar como podemos criar um orçamento. O que é, para que serve, e quais são as suas vantagens.

Com um orçamento somos mais organizados com o dinheiro, sabemos o que temos e o que gastamos ou podemos gastar. O rendimento é o dinheiro que se ganha e que não cai do céu. É o dinheiro que os pais recebem por trabalhar, por exemplo. Mas no caso das crianças, é o dinheiro que se recebe com a semanada ou a mesada.

De um lado existe um rendimento, do outro as despesas, que são o dinheiro que se gasta em compras, como comida, roupa, entre outras coisas importantes lá para casa.

Para sabermos quanto dinheiro temos, é importante fazer um orçamento com um balanço entre rendimentos e despesas. Tomar consciência das compras que fazemos e controlar as que são feitas por desejo para que não sejam excessivas são dois comportamentos que ajudam a evitar problemas financeiros a breve e longo prazo. Assim se ensina a importância de poupar.

Ofereça um mealheiro

Um bom ponto de partida para começar a poupar dinheiro, é oferecer um mealheiro, onde a criança pode guardar as suas primeiras poupanças. Pode ser um ato muito simples, mas se for dinamizado (ou estimulado) pela família em casa, vai incentivá-la a ser mais poupada e responsável.

Outra opção é optar por abrir-lhe uma conta bancária, onde tem sempre o controlo total das poupanças do seu filho. Pode partilhar com ele a evolução do saldo da sua conta, através do extrato ou da consulta de saldos online.

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